Galactus: O Devorador de Mundos e Força Inevitável da Natureza
Com a expectativa em torno de um novo filme do Quarteto Fantástico, o público é lembrado de Galactus, uma das entidades mais poderosas e enigmáticas do Universo Marvel. Embora muitos o vejam apenas como um vilão colossal que destrói mundos, sua verdadeira natureza cósmica é muito mais complexa do que a simples ambição ou crueldade. Galactus é uma força inevitável, ligada intrinsecamente ao ciclo de vida e morte do Multiverso, sendo tão fundamental para a existência quanto o próprio Big Bang.
O Devorador de Mundos apareceu pela primeira vez em Fantastic Four (1961) #48, por Stan Lee e Jack Kirby, mas sua origem remonta ao Sexto Cosmo, uma encarnação anterior do Multiverso. Sua vida começou como Galan, um explorador intergaláctico do planeta Taa e filho geneticamente modificado da cientista Taaia. O universo de Galan estava sendo destruído por uma praga cósmica conhecida como Inverno Negro. Ao direcionar sua nave para o ponto de colapso da realidade, Galan se fundiu com a Consciência do Sexto Cosmo, a personificação viva daquele universo moribundo, dando origem a Galactus. Ele se incubou dentro de um ovo cósmico, enquanto o Universo Marvel moderno, conhecido como o Sétimo Cosmo, tomava forma. Após bilhões de anos, Galactus despertou como um grande destruidor, destinado a consumir mundos.
Ao longo das eras, Galactus destruiu um número incalculável de mundos, mas nunca sentiu ódio ou maldade, tendo até tentado limitar sua alimentação a mundos desabitados. Contudo, seu apetite cumpre um papel essencial na manutenção da ordem cósmica. O Multiverso passa por um ciclo eterno de morte e renascimento, e Galactus converte a matéria dos mundos em energia. Essencialmente, Galactus é uma força da natureza cuja existência visa reunir energia suficiente para desencadear o próximo Big Bang, que dará origem à próxima versão do Multiverso, o Oitavo Cosmo. Somente planetas fornecem a energia necessária para sustentá-lo. O onisciente Uatu, o Vigia, revelou que cada planeta e cultura consumidos por Galactus servirão de base e influenciarão todas as realidades futuras.
Apesar de seu tamanho imponente, Galactus não consome planetas de forma rudimentar. O Devorador de Mundos se alimenta por meio de dispositivos extremamente avançados, ininteligíveis até mesmo para o Senhor Fantástico. Ele normalmente utiliza um conversor de energia elemental que drena toda a energia consumível de um planeta, deixando-o apenas como uma casca sem vida. Antes de iniciar o consumo, ele viaja em sua nave, a Esfera Estelar, e envia seus Arautos para alertar os habitantes ou enfrentá-los enquanto faz os preparativos. Enquanto no início ele se alimentava apenas ocasionalmente, hoje Galactus precisa consumir planetas aproximadamente uma vez por mês, pois, se passar muito tempo sem se alimentar, sua energia se esgota rapidamente, deixando-o extremamente enfraquecido.
Graças à intervenção dos heróis da Terra, Galactus cessou sua alimentação em algumas ocasiões. Reed Richards, o Senhor Fantástico, o impediu de devorar a Terra pela primeira vez ao ameaçá-lo com o Nulificador Total, uma máquina capaz de apagar toda a existência. Em outra ocasião, Richards salvou a vida de Galactus, que estava enfraquecido, usando o poder do Mjolnir, o martelo de Thor. Em retribuição, Galactus fez um juramento de jamais consumir a Terra, e desde então evitou atacá-la, chegando até a se aliar ao Quarteto Fantástico contra ameaças cósmicas maiores.
Em busca de uma solução definitiva para sua fome, um grupo de heróis liderado pelo Marvel Azul, na HQ Os Supremos (2015) #2, forçou Galactus a retornar ao seu casulo e o expôs ao Neutrônio. Essa intervenção resultou em uma transformação completa, e Galactus renasceu como o Portador da Vida, uma entidade que passou a restaurar mundos em vez de destruí-los.
Como primeiro ato, ele reconstruiu Archeopia, o primeiro planeta que havia destruído. No entanto, essa fase pacífica teve fim, e Galactus retomou sua função como Devorador de Mundos, consumindo o planeta Saiph para impedir que Ultron espalhasse um vírus devastador. Por conta de seus esforços heroicos em batalhas cósmicas, os Vingadores inclusive o nomearam membro honorário da equipe.
Se Galactus serve como elo entre o Multiverso anterior e o atual, Franklin Richards, filho do Senhor Fantástico e da Mulher Invisível, está destinado a ser o elo entre o Multiverso atual e o próximo. Uma história de History of the Marvel Universe revelou o destino final desta realidade: uma versão adulta de Franklin percebeu que ele e o Devorador de Mundos seriam os dois últimos seres vivos do universo. Quando Galactus se preparava para morrer, ele relembrou a Franklin toda a história do universo e se transformou na energia que causaria o próximo Big Bang. Em seguida, Galactus confiou a Franklin a missão de preservar o conhecimento do Universo Marvel, garantindo que sua memória vivesse na realidade que viria a seguir, enquanto Franklin assumia seu papel como o novo Devorador de Mundos no Multiverso subsequente.
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